O ex-presidente Jair Bolsonaro está atualmente sob investigações, o que resultou na retenção de seu passaporte. As investigações referem-se a uma suposta tentativa de golpe para mantê-lo no poder após as eleições de 2022. Como consequência, ele enfrenta impedimentos legais que o limitam de deixar o Brasil.
Em meio a este cenário, Bolsonaro expressou, em entrevista à Folha de SP, intenções de comparecer à cerimônia de posse de Donald Trump nos Estados Unidos, marcada para 20 de janeiro. Trump, que recentemente venceu as eleições presidenciais nos Estados Unidos, teria, segundo Bolsonaro, interesse em tê-lo como convidado para o evento.
Bolsonaro e Trump mantêm um relacionamento afetuoso e alinhado em termos ideológicos. O ex-presidente mencionou que poderia ser o único brasileiro convidado para a posse de Trump, evidenciando seu papel de destaque na esfera de influência do presidente americano. Ele também comentou sobre a forte amizade entre seu filho, Eduardo Bolsonaro, e Trump, destacando como essa proximidade gerou oportunidades de encontros e eventos conjuntos.
Apesar dessas conexões, as barreiras legais impostas no Brasil complicam sua situação. Bolsonaro revelou que já teve três pedidos de viagens internacionais negados pelo ministro Alexandre de Moraes, incluindo um convite para um evento em Mar-a-Lago, na Flórida, onde Trump celebrou sua vitória eleitoral.
A decisão de permitir ou não a viagem de Bolsonaro dependerá do STF, particularmente do ministro Alexandre de Moraes, que está à frente das investigações. O ex-presidente afirmou que, em caso de convite formal do presidente eleito dos EUA, ele pediria autorização às autoridades judiciais para comparecer à posse.
Bolsonaro enfatizou que um possível veto a sua participação poderia gerar constrangimentos diplomáticos, dada a posição de Trump como “o homem mais forte do mundo”. No entanto, a situação jurídica no Brasil, com as investigações em curso, representa um desafio significativo.
Bolsonaro continua aguardando uma decisão do Supremo Tribunal Federal enquanto a data da posse de Trump se aproxima. Seu futuro imediato ainda é incerto, com as investigações moldando suas opções de ação. Ele ainda mantém a esperança de poder participar do evento nos EUA, contando com sua ligação pessoal com Trump e a influência que essa relação possa ter sobre as autoridades brasileiras.
Até lá, Bolsonaro aguarda os desdobramentos legais e permanece em território nacional, atento ao curso das investigações e às possíveis repercussões políticas de seus próximos passos.
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