Em um cenário político repleto de expectativas e manobras estratégicas, Davi Alcolumbre foi eleito, pela segunda vez, presidente do Senado, no primeiro dia de fevereiro de 2025. O senador do partido União Brasil representa o estado do Amapá, e sua vitória reafirma seu posicionamento como uma figura de conciliação entre diferentes forças políticas. Alcolumbre, conhecido pelo estilo pragmático, terá a missão de liderar a casa legislativa em um período de desafios e negociações.
Com uma ampla margem de apoio, Alcolumbre consolidou sua posição com 73 dos 81 votos possíveis, superando o mínimo necessário de 41 votos às 15h12. O retorno ao cargo ocorre quatro anos após sua primeira presidência, que se estendeu de 2019 a 2021. A vitória expressiva reafirmou sua capacidade de formação de alianças, reunindo apoio sólido tanto de partidos governistas quanto da oposição.
Davi Alcolumbre construiu uma base sólida ao longo dos meses que antecederam a eleição, formando alianças com partidos como PSD, PL, MDB, PT, entre outros. O apoio de 76 parlamentares reforçou sua candidatura, demonstrando seu poder de articulação e habilidade em negociar interesses diversos no espectro político. Esse movimento assegurou que ele fosse considerado o favorito desde o início, superando nomes como Marcos Pontes e Eduardo Girão, que receberam apenas quatro votos cada.
O retorno de Alcolumbre à presidência do Senado ocorre em um contexto de grandes responsabilidades, especialmente no tocante às emendas parlamentares e à transparência no uso do orçamento. Durante sua primeira gestão, ele atuou vigorosamente para aumentar o controle do Congresso sobre o orçamento federal, beneficiando principalmente seu estado natal, o Amapá. O novo mandato também estará focado na relação com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, com quem Alcolumbre já manteve laços estreitos, apesar das diferenças políticas anteriores.
Em sua campanha, Alcolumbre apresentou compromissos claros, prometendo restabelecer a preponderância do Senado em relação à Câmara, especialmente no que diz respeito ao exame de medidas provisórias. Além disso, destacou a importância do respeito entre os poderes, defendendo o papel do Legislativo como entidade de fiscalização e legislação. Ele também manifestou seu objetivo de descentralizar a política, fortalecendo as municipalidades e diminuindo a centralização nos poderes centrais.
Outra promessa relevante foi a de combater discursos de ódio, promovendo um ambiente político mais colaborativo e respeitoso. Essa abordagem será chave para harmonizar interesses divergentes entre diferentes senadores, reforçando a coesão nas atividades legislativas.
Nascido em Macapá em 1977, Davi Alcolumbre iniciou sua carreira política como vereador, seguindo posteriormente para a Câmara dos Deputados, onde serviu por três mandatos consecutivos antes de se eleger senador. Durante sua trajetória, Alcolumbre enfrentou diversas disputas, notavelmente vencendo a presidência do Senado pela primeira vez em 2019 em um pleito controverso. Sua evolução política demonstra uma trajetória de resiliência e adaptação, habilidades essenciais que agora levará consigo em seu segundo mandato como presidente do Senado.
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